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PROTEINÚRIA
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Quantificação
- Adultos: > 3,5 g/dia
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Crianças
- > 40 mg/dia
- > 40 mg/m²/h
- relação proteína/creatinina > 2
- Idealmente, em exame de Urina em 24h, contudo, em questões de prova a sugestão da Síndrome Nefrítica como entidade etiológica pode se encontrar no exame de Urina Rotina
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FISIOPATOLOGIA
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Lesão glomerular
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Membrana Basal
- Principal responsável pelo gradiente elétrico negativo do glomérulo (barreira elétrica)
- Camada de podócitos
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QUADRO CLÍNICO
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Espumúria
- Junto do edema, são as primeiras manifestações clínicas e refletem a excreção uma proteinúria maciça em curso.
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Edema:
- Hipoalbuminemia e consequente queda da pressão oncótica
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Estado pró-trombótico
- Perda de Anti-trombina III, cofator para a ação da heparina
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Trombose De Veia Renal
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Acúmulo de urina nos rins + distenção da cápsula de Gleason
- Cólica nefrética
- Insuficiência Renal Aguda
- Quando a trombose é bilateral
- Varicocele
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Dislipidemia, lipidúria e cilindros leucocitários
- Como mecanismo compensatório à queda da pressão oncótica (determinada sobretudo pela albumina), o fígado passa a aumentar a produção de lipoproteínas e lipídeos.
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Aumento sérico de alfa-2-globulina
- Decorre de sua hiperprodução como mecanismo compensatório, bem como de seu tamanho molecular, que, por sua vez, a mantém retida nos rins.
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Imunodeficiência
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Perda urinária sobretudo de IgG
- Peritonite Bacteriana
- Ascite + Queda do IgG sérico
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ETIOLOGIAS
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DOENÇA POR LESÕES MÍNIMAS
- É a única etiologia que dispensa biópsia em um momento inicial
- Não cursa com alterações de complemento
- Quando secundária, pode estar associada ao Linfoma de Hodkin ou ao uso AINES
- É a etiologia mais comum em crianças
- É a que apresenta melhor prognóstico
- A conduta inicial é corticoterapia
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GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GEFS)
- É a etiologia mais comum em adultos
- O tratamento envolve corticoterapia e nefroproteção com IECA/BRA
- A doença evolui com remissão em 40% a 60% das vezes
- Nas provas de residência, a GEFS será sempre a etiologia de uma síndrome nefrótica secundária, exceto nas associações pontuadas nas outras etiologias
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GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL
- Sua fisiopatologia se difere das demais por decorrer da proliferação do mesangio
- A exibição clínica aqui tem a hematúria como um sinal de maior expressão
- O tratamento envolve corticoterapia e nefroproteção
- O prognóstico não é muito satisfatório
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GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA
- É a segunda etiologia mais comum em adultos
- 50% dos casos evoluem com trombose de veia renal e, portanto, a anticoagulação aqui deve ser avaliada.
- Não cursa com alteração de complemento
- Quando secundária, pode ter como doença base, sobretudo, Lúpus, Hepatite B e uso de fármacos, como AINES, sais de ouro, IECA/BRA e D-Penicilamina
- A nefroproteção com IECA/BRA pode ser considerada, mesmo nos casos em que esses fármacos estão envolvidos na etiologia.
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Sinais de Bom Prognóstico
- Idade jovem
- Sexo feminino
- Proteinúria < 10g/dia
- Albumina sérica > 2,5 g/l
- Ausência de fenômeno tromboembólico
- Ausência de Insuficiência Renal
- Ausência de alterações túbulo-intersticiais à biópsia
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GLOMERULONEFRITE MEMBRANO PROLIFERATIVA
- Sua fisiopatologia se difere também por envolver o mesângio, que aqui se prolifera intensamente entre a membrana basal e o endotélio fenestrado (dupla-camada na microscopia óptica)
- Quando secundária, a Hepatite C é a causa base mais apontada nas provas de residência médica
- É a segunda etiologia que mais evolui com Trombose de Veia Renal
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É o grande diagnóstico diferencial da Glomerulonefrite Pós Estreptocócica (GNPE)
- Em virtude do envolvimento da camada endotelial, compartilham a oligúria e a consequente clínica decorrente
- É a única etiologia de Síndrome Nefrótica que cursa com consumo de complemento, aproximando-a da apresentação da GNPE