1. Tipos de Conhecimento
    1. Conhecimento por contacto
    2. Conhecimento prático: saber-fazer
    3. Conhecimento proposicional: saber-que
  2. filosofia dedica-se a estudo do conhecimento proposicional
    1. todo o conhecimento científico, filosófico, matemático é deste tipo
    2. os animais não parecem possuir
    3. é o único tipo de conhecimento diretamente transmissível
  3. Conhecimento é o ato pelo qual o sujeito apreende ou representa o objeto
  4. Conhecer é construir representações a partir da relação estabelecida entre o sujeito cognocente e o objeto cognoscível.
  5. Representação: depois de apreendido, o objeto fica na consciência do sujeito, não sob a forma física, mas sob a forma de imagem.
  6. Sujeito cognoscente: entendido como o que apreende ou representa o objeto
  7. Conhecimento
    1. sujeito apreende um objeto
    2. sujeito é aquele que conhece o objeto
  8. Gnosiologia, ou teoria do conhecimento ou epistemologia
    1. é a disciplina filosófica que estuda o conhecimento, procurando esclarecer e analisar criticamente os problemas suscitados pelas relações entre o sujeito e o objeto.
  9. Análise fenomenológica do conhecimento
    1. é o metodo que permite descrever na sua pureza os fenómenos presentes à consciência com o objetivo de determinar a sua estrura, a sua essência
    2. considera o conhecimento em si mesmo atendendo apenas à sua estrutura essencial.
  10. Objeto conhecido:refere-se aquilo que é suscetível de ser apreendido.
  11. Definição Tripartida de conhecimento
    1. Condições neccessárias para que haja conhecimento?
      1. Crença verdadeira justificada
    2. Crença: atitude de desão a uma determinada proposição, tomando-a como verdadeira
      1. é uma condição necessária do conhecimento, mas não é uma condição suficiente
      2. a verdade e a justificação da crença são outra scondições necessárias
  12. Trata-se de explicar e de interpretar os problemas que decorrem de uma análise denomenológica do conhecimento, e que podem ser agrupados nas seguintes questões centrais:
    1. O PROBLEMA DA POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO; O PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO; O PROBLEMA DA NATUREZA DO CONHECIMENTO.
      1. Quanto ao problema da origem, foram abordadas as teorias: empirismo, racionalismo e criticismo; quanto à possibilidade do conhecimento, analisamos o ceticismo.
  13. isto é, tal como ocorrem na consciência, independentemente de quaisquer preconceitos, pressupostos ou teorias explicativas.
  14. Contraexemplo de Gettier
    1. revela a possibilidade de termos uma crença verdadeira justificada sem que ela corresponda a conhecimento (exemplo do Principezinho)
  15. Fontes de Conhecimento
    1. Conhecimento a priori
      1. Justificado pela razão (baseia-se em juízos a priori (universais e necessários)
    2. Conhecimento a posteriori
      1. Justificado pela experiência (baseia-se em juizos a posteriori (não estritamente universais, sendo contingentes)
  16. 1. Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
  17. 1.2 Análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
  18. 1.1 Estrutura do ato de conhecer
  19. kant
    1. Juízos analíticos (a priori)
    2. Juízos sintéticos (a posteriori)
      1. Ampliam o nosso conhecimento, pois neles o predicado não está implícito no conceito de sujeito.
    3. Juízos sintéticos a priori
      1. são universais e necessários
  20. Origem do Conhecimento
    1. Racionalismo
      1. Razão/entendimento: fonte principal do conhecimento
      2. conhecimento a priori
      3. conhecimento universal e necessário
      4. totalmente independente da experiência
      5. o modelo do conhecimento é-nos dado pela matemática
      6. Crenças que se obtêm através dos sentidos são confusas e frequentemente, incertas
      7. ideias fundamentais do conhecimento são inatas
      8. o conhecimento descobre-se de forma dedutiva (intução intelectual)
    2. Empirismo
      1. Experiência: fonte principal do conhecimento
      2. conhecimento a posteriori
      3. não existem ideias inatas
      4. conhecimento encontra-se limitado pela experiência
        1. extensão: incapaz de ultrapassar os limites impostos pela experiência
        2. Certeza: as certezas de que dispomos referem-se apenas àquilo que se encontra dentro dos limites da experiência
    3. Criticismo/Apriorismo
      1. considera a experiência e a razão como fontes do conhecimento
      2. face aos racionalistas: afirma que é verdade que o sujeito traz algo de si, mas isso sem a experiência nada é.
      3. em relação aos empiristas: defende que o conhecimento tem origem na experiência, mas sem o entendimento nada é.
  21. Ceticismo absoluto ou radical
    1. Pirro de Élis- fundador do cetiscismo absoluto
    2. considera que é impossivel qualquer conhecimento
    3. nega-se que haja justificações suficientes para as nossas crenças.
    4. CÉTICOS POSITIVOS- apresentam boas razões através de 3 argumentos que conduzem à dúvida, levando os ceticos à suspesão do juízo (estado de neutralidade em que nada se afirma e nada se nega.
    5. suspensão do juízo conduz, por sua vez à ataraxia (ausência de perturbação)
    6. 3 argumentos céticos:
      1. a) Divergência de opiniões
      2. b) Ilusões e erros dos sentidos
      3. c) Regressão infinita da justificação
  22. Ceticismo
    1. Será o conhecimento possível? Será que o sujeito apreende efetivamente o objeto?
      1. O ceticismo, na sua forma radical, nega tal possibilidade.
    2. o ceticismo é uma corrente que afirma não ser possivel ao sujeito apreender, de um modo efetivo ou então de um modo rigoroso, o objeto.
  23. Ceticismo Moderado ou Mitigado
    1. não afirma a impossibilidade do conhecimento, antes a de um saber rigoroso.
    2. não podemos afirmar se um juízo é ou não verdadeiro, apenas se é ou não provável ou verosímel.
    3. cingem também o ceticismo em relação a determinados tipos de conhecimento
    4. CÉTICOS NEGATIVOS
  24. Objeções ao ceticismo
    1. Ceticismo é insustentável
      1. posição autorrefutante, quando demonstra a sua própria falsidade
      2. embora possamos ter boas razões para suspender a crença relativamente a todos os assuntos é implausível pensarmos que temos razões para colocar em suspenso todas as nossas crenças em simultâneo.
    2. Fundacionalista/Hundacionalista
      1. perspetiva segundo o qual o conhecimento deve ser concebido como uma estrutura que se ergue e se desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis
      2. solução para o problema da regressão infinita
        1. CRENÇAS BÁSICAS: não necessitam de uma justificação; justificam-se a si mesmas
        2. CRENÇAS NÃO BÁSICAS: são justificadas por outras crenças
        3. PODEM SER ENCONTRADAS:
          1. na experiência (empirismo)
          2. na razão (racionalismo)
          3. criticismo (junção das duas)
  25. Resposta Cartesiana
    1. FUNDACIONALISMO CARTESIANO
    2. Descartes - decide levar o ceticismo aos extremos: recorre à PRÓPRIA DÚVIDA cética como instrumento para provar a impossibilidade do ceticismo
    3. OBJETIVO: conhecimento seguro
    4. estabelecer um conhecimento seguro e indubitável - encontrar pelo menos uma crença básica que pudesse servir de fundamentos para o conhecimento
    5. INSTRUMENTO:dúvida
    6. duvida de tudo o que se possa imaginar e averiguar
    7. DÚVIDA METÓDICA
    8. não precisa de examinar cada creça isoladamente.
  26. DÚVIDA CARTESIANA vs. DÚVIDA CÉTICA
    1. DÚVIDA CARTESIANA: não é um ponto de chegada --> o desfecho inevitável de m rigoroso processo de reflexão
    2. é um PONTO DE PARTIDA
    3. meio para alcançar a verdade
    4. considerar provisoriamente falso tudo o que é minimamente duvidoso
    5. UNIVERSAL: pode aplicar-se a tudo, pelo menos até que se encontre algo que seja absolutamente indubitável
    6. HIPERBÓLICA: é uma dúvida que se aplica a todos os ramos/ áreas do saber com a finalidade de encontrar uma certeza indubitável